Dia 30 de Março de 2016 eu descobri que estava grávida.
A primeira coisa que pensei foi "Não acredito que estou
grávida!" e não conseguia acreditar. Fui olhar para o teste imensas vezes. Pensava que o "grávida" ia desaparecer. Que disparate!
Fiz o teste e quando vi a resposta, fiquei assustadissima! Mega feliz, mas com medo do que veria a seguir.
Ser mãe sempre foi um dos
meus sonhos, sempre achei que era o pedaço que me faltava. No momento em que vi o "grávida" foi uma felicidade extrema, por isso é que não queria acreditar. Tive que ligar à minha mãe para desabafar com ela, precisava da minha mãe naquele momento.
Passei o dia todo a pensar
em formas de contar ao meu namorado. Queria dar-lhe a noticia de uma forma
engraçada.
Fiz-lhe o lanche e embrulhei o teste de gravidez, para assim ele
pensar que era uma prenda normal. Quando ele abriu eu vi na cara dele a noticia a chegar ao destino. Ele ficou feliz, muito feliz.
Durante muito tempo eu acusava-o de “a ficha ainda
não lhe ter caído”, ou seja, que ainda não se tinha apercebido que iria ser pai. Acho que isso era verdade porque, honestamente, também eu tinha dificuldade em acreditar. Parecia que estava num universo paralelo, ou que estava a sonhar.
Não
acreditava que havia, realmente, um feijão dentro de mim.
Eu tive um ser a crescer
dentro de mim. Era eu que lhe dava tudo o que ele precisava. Fui eu que fui a casa
dele até ele estar pronto para sair cá para fora e viver novas aventuras com a
família.
Durante muito tempo tive muito medo que alguma coisa acontecesse ao meu bebé. Queria fazer tudo
certo, não queria correr riscos. Quase nem queria respirar, porque tinha medo que
alguma coisa errada acontecesse. Tinha muito medo de errar. Tinha medo de ser má
mãe, Tinha medo de não poder dar tudo o que queria ao meu feijão. Eram receios normais de uma grávida!